quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

et oroda

Ainda consigo fechar os olhos e imaginar a textura do teu cabelo debaixo dos meus dedos. Consigo-me lembrar de como, timidamente, arranjava motivos para te segurar as mãos ou prolongar um toque.          
 Lembro-me de como as nossas pernas se encaixaram e do quão difícil foi para mim deixar-te sair do conforto da nossa colcha. Lembro-me do teu calor, do teu cheiro, da tua presença. Lembro-me de querer envolver-te com os braços mas ter medo que isso só te afastasse mais. Lembro-me de te querer beijar e pensar “este não é o momento certo, estás a imaginar coisas”. Lembro-me de te mostrar mil músicas na esperança que na letra de uma conseguisses ler aquilo que te queria dizer. Lembro-me do teu sorriso e derreto. Adoro-te. Adoro-o. É lindo. Absurdamente lindo. E absurda também é a falta que me fazes aqui. Mal consigo esperar por te ter nos meus braços e matar a saudade com a raiva de quem não te teve por tanto tempo. Mas espero, claro, por ti e pelo teu corpo, pelo teu sorriso e o teu riso, por ti… porque me deixas sem palavras quando penso em ti. Porque fico com um sorriso parvo a pensar em ti. Porque acordo todas as noites à espera que estejas ao meu lado e o que encontro é a saudade. Porque te digo até já porque não posso dizer mais. E se pudesse talvez não dissesse porque os meus lábios também têm saudades dos teus.

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